Entrar num barbeiro e ouvir a musicalidade das tesouras, o som delineado da gama média das navalhas e o roncar dos secadores, juntamente com as conversas que, de vez em quando, transformam-se em poluição sonora aquando discussões acaloradas, é uma experiência vivida por todos nós. Depois, quando somos clientes de determinada barbearia, fruto dos laços de proximidade, volta à baila o tema de conversa interrompido na ida anterior. Enquanto decorre o corte, eis que surgem algumas personagens que, religiosamente, ao Sábado de manha, fazem escala com intento de provocarem o mestre da arte de cortar cabelos/aparar barbas e bigodes, tão somente porque o clubezeco perdeu ou conquistou a vitória por obra e graça do espírito do apito.
No meu caso, embora o descrito faça parte da ambiência da casa que frequento à uma década, o gerente dá-nos música no verdadeiro sentido da palavra, pois sendo um guitarrista profissional que acompanha fadistas, brinda a clientela com frequentes sessões de fado à desgarrada, tornando a ida ao barbeiro um momento ímpar.
Dia 23, Sábado, a Cidade Invicta receberá uma experiente barber de 55 anos, oriunda de Chicago, que por diversas vezes veio ao nosso país (com maior predominância ao Norte). Trata-se de Patricia Barber. Actuará, em concerto único, na sala Suggia da Casa da Música, às 23h00
Blá-blá-blá por Ghost4u
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