Deseja conhecer novos nomes do mundo da música? Enquanto apreciador de determinado género musical, está disposto a experimentar, apreciar, avaliar e a reconhecer outras linguagens de composição? Se o elemento surpresa é algo que não enjeita na vida, então não será totalmente inédito para cérebros que recusam ser “caixas idiotas instruídas”, sentir-se convicto para dar o passo decisivo de saber ouvir, com intuito de apurar as suas preferências, que derivado ao intelecto receptivo, desvenda novas ambiências sonoras. Inicia-se, assim, a narrativa em que, talvez por nada saber da artista em causa, gradualmente, agendo um encontro entre si e a notável individualidade dada à luz a 24 de Março de 1956, em Chicago.
A génese deste destaque centra-se num registo discográfico de Patricia, distinguida num concurso do Gold Star Sardine Bar por ter veia de cantora, dotada pela espantosa forma como selecciona e trabalha com as palavras das suas letras, conseguindo estabelecer com o ouvinte uma relação directa com estados de espírito, transmitida na maneira como executa as suas partituras ao piano. Além disso, outro ingrediente que sustenta a carreira da artista, é o acto de desafiar-nos a (re)descobrir temas clássicos, mediante a inspirada estilização das roupagens empregues ao nível de arranjos, ritmo e emotividade, que na última década do século transacto, fizeram de Summertime de George Gershwin, Ode to Billy Joe e Black magic woman, cartões de apresentação do segundo, terceiro e quinto disco: «A Distortion of Love», «Café Blue» e «Companion». Tal talento peculiar, quiçá seja explicado por ser filha de Floyd “Shim” Barber, membro da orquestra de dança fundada por Glen Miller (trombonista, arranjador e director musical).
Em todo o cenário descrito, «Modern Cool» vem ao mundo em 1998. Trata-se de um pequeno manual que permite decifrar múltiplas harmonias diferenciáveis dos registos normais de jazz, que pelas suas propriedades particulares não é fácil classificá-lo ou rotulá-lo, uma vez que toda a conotação poética abunda em diversidade atmosférica oriunda dos instrumentistas e pela elevada persistência de quem sabe empregar, sem esforço, uma vasta gama de musicalidade na fluência verbal. Composto por uma dúzia de capítulos, dos quais Barber escreveu nove, o original dos Doors – Light my fire – tema que encerrou o concerto na Aula Magna, em Lisboa, abre o lado B do disco microgravado com 33 rotações, revelando uma distinta e original mundividência de arranjos suaves, onde delicadamente os versos são bem articulados e absorvidos por nós com calorescência, pincelados em dose certa por sons planados da guitarra de John McLean e pelo estruturado e brando acompanhamento de Mark Walter na percussão.
Entre as audições que efectuar ao álbum – no formato LP, apenas, contém oito temas, ficando de fora a interpretação apoteótica do Choral Thunder Vocal Choic na versão alternativa de Let it rain – encontrará um fio condutor que levá-lo-á a querer conhecer e a percorrer a complexidade harmoniosa dos outros álbuns («Verse», de 2002 é um bom exemplo), de maneira a obter a complementaridade do transformismo evolutivo da carreira de “barbeiro”, constituindo a oportunidade para ter uma ideia de como se faz outros e bons penteados jazzísticos, sem estar relacionado com a compostura mainstream da endeusada Diana (a canadense!). Assim o espero.
A génese deste destaque centra-se num registo discográfico de Patricia, distinguida num concurso do Gold Star Sardine Bar por ter veia de cantora, dotada pela espantosa forma como selecciona e trabalha com as palavras das suas letras, conseguindo estabelecer com o ouvinte uma relação directa com estados de espírito, transmitida na maneira como executa as suas partituras ao piano. Além disso, outro ingrediente que sustenta a carreira da artista, é o acto de desafiar-nos a (re)descobrir temas clássicos, mediante a inspirada estilização das roupagens empregues ao nível de arranjos, ritmo e emotividade, que na última década do século transacto, fizeram de Summertime de George Gershwin, Ode to Billy Joe e Black magic woman, cartões de apresentação do segundo, terceiro e quinto disco: «A Distortion of Love», «Café Blue» e «Companion». Tal talento peculiar, quiçá seja explicado por ser filha de Floyd “Shim” Barber, membro da orquestra de dança fundada por Glen Miller (trombonista, arranjador e director musical).
Em todo o cenário descrito, «Modern Cool» vem ao mundo em 1998. Trata-se de um pequeno manual que permite decifrar múltiplas harmonias diferenciáveis dos registos normais de jazz, que pelas suas propriedades particulares não é fácil classificá-lo ou rotulá-lo, uma vez que toda a conotação poética abunda em diversidade atmosférica oriunda dos instrumentistas e pela elevada persistência de quem sabe empregar, sem esforço, uma vasta gama de musicalidade na fluência verbal. Composto por uma dúzia de capítulos, dos quais Barber escreveu nove, o original dos Doors – Light my fire – tema que encerrou o concerto na Aula Magna, em Lisboa, abre o lado B do disco microgravado com 33 rotações, revelando uma distinta e original mundividência de arranjos suaves, onde delicadamente os versos são bem articulados e absorvidos por nós com calorescência, pincelados em dose certa por sons planados da guitarra de John McLean e pelo estruturado e brando acompanhamento de Mark Walter na percussão.
Entre as audições que efectuar ao álbum – no formato LP, apenas, contém oito temas, ficando de fora a interpretação apoteótica do Choral Thunder Vocal Choic na versão alternativa de Let it rain – encontrará um fio condutor que levá-lo-á a querer conhecer e a percorrer a complexidade harmoniosa dos outros álbuns («Verse», de 2002 é um bom exemplo), de maneira a obter a complementaridade do transformismo evolutivo da carreira de “barbeiro”, constituindo a oportunidade para ter uma ideia de como se faz outros e bons penteados jazzísticos, sem estar relacionado com a compostura mainstream da endeusada Diana (a canadense!). Assim o espero.
(Text by Ghost4u)
Patricia Barber Lp "Modern Cool" ano 1998
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