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2010/06/20

Vendo CD e compro Vinis

Ou muito me engano ou não vamos chegar ao final dos anos 10 a falar de CD e DVD, nem sequer por nostalgia. Os outros formatos já estão aí, na sua virtual existência, aos magotes, num convite ao açambarcamento sem limites. A questão que se levanta é: o que fazer a todos aqueles discos que estão guardados lá em casa. Simplesmente deitar fora... No Ecoponto, de preferência, se houver uma cor onde se encaixem (no amarelo?)


Agora até pode não parecer, mas o CD vai ficar na história como um dos mais efémeros formatos de transição. Lembro-me que quando a Philips o inventou havia anúncios na televisão, que mostravam os discos a cair de uma janela de um arranha-céus e a embater no solo inteiro. Que grande aldrabice. Os CD não se partem?! Os CD não se riscam?! Pior ainda, qualquer risco num CD é irreparável (ao contrário do que acontece com os vinis ou as cassetes VHS). E mais: alguns estudos mostram que, com o tempo, os CD perdem informação e a música deteriora-se (pior, é adulterada). Tal já está a acontecer com os primeiros discos comprados.


O drama é que o CD nem sequer deixa nostalgia. Quem é que vai ter saudades de uma pequena rodela de metal, fria, digital, sem graça? O vinil sim, cria fãs. Porque é analógico, as capas são grandes e bonitas, a própria audição pede um ritual. Limpa-se o disco, coloca-se a agulha, prepara-se o momento, ouvir música torna-se um acto religioso.


Os CD estão a ser substituídos, de forma galopante, por formatos digitais. Que ainda têm menos graça, diga-se. Porque aí nem sequer há objecto. O mais grave é a falta de qualidade acústica. Há uma geração que está a ouvir mal música, o que só beneficia a música má. Não há nada que bata o impacto de ouvir um bom disco numa boa aparelhagem. A ouvido nu, os não audiófilos notam claramente a diferença.

O que vou fazer com os CD que tenho lá em casa? Não sei se ainda vou a tempo, mas troco todo e qualquer CD da minha colecção pelo seu equivalente em vinil, e ainda ofereço uma moeda irlandesa de 50 cêntimos (daquelas que têm uma harpa). Há interessados?



(in Visão 25 de Jan de 2010 por Manuel Halpern)

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