Discos de Vinil - Vinyl Records - Disques Vinyles - Vinyl Schallplatten - Discos de Vinilo - Виниловые пластинки - 黑膠唱片 - Vinyl Monumentis



CHECK THE VINYL CULT NEW PLACE

»»»»» HERE «««««

VISITEM O NOVO ESPAÇO DO CULTO DO VINIL





2010/05/20

Quarto Peculiar Em Lisboa


Na noite de Terça-feira, 18 de Maio, o Grande Auditório do CCB, transformou-se no quarto da cinquentenária Dianne Reeves, onde contou histórias de relacionamentos e de amor, com pinceladas de gospel, standarts de jazz (como «The windmills of your smile») e blues.

Com lotação esgotada, as individualidades que tiveram direito a abeirarem-se ao redor da cama, foram os quatro músicos acompanhantes da cantora americana. Reginald Veal começou por percutir sons ritmados na caixa do contrabaixo, obtendo resposta pronta por parte do baterista Terreon Gully.

Quando Reeves entrou no quarto, fez uso da facilidade de passear por registos graves e agudos, com os quais embeleza, deslumbra e dá um cunho pessoal aos arranjos das canções. Graças à sua aptidão de improvisação, durante um tema, apresentou, um a um, os músicos do quarteto acompanhante na When You Know tour, destacando Romero Lumbabo, a quem se dirige como o “meu irmão gerado por outra mãe”, visto que é um habitue de longa data nas gravações dos seus discos. Na guitarra clássica, com cordas de nylon, Lumbado demonstrou grande agilidade e perícia na mão elaboradora de sucessivos acordes quando conduziu a solo a “lady DR”.

Após algumas baladas de jazz, se alguém previa que o concerto seria numa toada calmosa, iludiu-se… Dianne provocou o rebulício no quarto ao homenagear Eunice Waymon, a conhecida Nina Simone, através de blues, com semelhanças no timbre da saudosa voz proveniente da Carolina do Norte, que deixou um repertório transversal de George Gershwin a Jacques Brel.

A partir desse momento, dificilmente o público se conteve sossegado nas cadeiras, mexendo-se, tais bicos de carpinteiros, ao som da grandiosidade rítmica implementada. Antes da sua retirada, a audiência cantava e dançava em pé. Os instrumentistas, saíram um a um… No segundo e último encore, entoou uma balada, dirigida ao piano por Peter Martin. Despediu-se com um caloroso “bye-bye”, deixando a assistência estarrecida que culminava ou quiçá, iniciava uma esplêndida noite primaveril.

Ghost4U
(2010/V/20)

Sem comentários: